Se liga nessa marca do Julho das Pretas 2020!

A 8ª edição vem com o tema “Em Defesa das Vidas Negras, pelo Bem Viver”. Será uma edição virtual para atender as medidas de segurança sanitária, mas vem com toda força do nosso ódio ao racismo e aos racistas, e sanha da necropolítica que eles gestam. O Julho vem com a força ainda maior do nosso amor por nós mesmas, e às nossas culturas de matriz africana, e às nossas comunidades que nos inspiram diariamente a tecer utopias de um mundo melhor!

Entendemos que o momento político internacional tem clamado pela importância da defesa da vida das pessoas negras. O movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) tem agregado força mundial ao lema que nós, movimento negro brasileiro, viemos há décadas pautando aqui como “genocídio da população negra” . Transpor a narrativa da “denuncia do genocídio” para a “valorização das vidas negras” dá um tom mais propositivo para a mobilização política, evita que o debate caia em dados e números frios, dá cara de gente e expande o sentido da defesa: todas as vidas negras importam.

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É importante difundirmos que o debate do genocídio da população negra não se restringe a denúncia do extermínio da juventude negra, como muitas vezes é interpretado. O genocídio é um processo sistemático contra as pessoas negras e encontra formas diferenciadas para atingir negras e negros de gerações, gêneros, sexualidades, territorialidades e vivências diferentes.

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A defesa das Vidas Negras, assim, no feminino, universaliza o tom da humanidade negra.

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E o Bem Viver é o projeto político que apostamos desde a Marcha de Mulheres Negras, em Brasília, em 2015. O Bem Viver é nossa utopia de desmonte desta sociedade para a construção de uma nova em que os seres humanos vivam em igualdade, e que se acabem as violências estruturais decorrentes dos processos de colonização. E isso, em um momento de crise, ou melhor, de reorganização do capitalismo global, em que povos oprimidos do mundo inteiro se levantam para dizer que precisamos construir outro modelo civilizatório que quebre com os parâmetros eurocêntricos de monetização e banalização da vida.

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